Borbas Azarite
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Estudo ajudará no desenvolvimento dos profissionais do setor

São 21 anos de Internet no Brasil. São 12 anos de Facebook no mundo. E são só 5 anos de Redes-eGov.
O mercado do Social Media Gov ainda é uma criança, daquelas que tenta ficar de pé sozinha, mas tropeça logo nos primeiros passos. Somos jovens, mas somos muitos profissionais empenhados em criar um mercado maduro e mais assertivo. Ainda batemos a cabeça na parede quando tentamos criar nossas boas práticas e identificar nossos reais desafios.
Com esse intuito, Eu e o André (WeGov) criamos a I Pesquisa Social Media Gov, que traça o perfil do profissional e do mercado, descrevendo quais são as boas práticas, como se organiza e qual é a realidade diária desses profissionais.
A pesquisa foi o tema da minha palestra no 5° Redes-eGov, que aconteceu em Brasília no último final de semana de abril e está disponível completa para download em meu SlideShare ou aqui no site da WeGov.

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Borbas Azarite
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Quanto tempo você dedicaria para melhorar?

Realidade #1

Você quer aumentar seu orçamento dedicado para a compra de mídia digital. Seu chefe acha que a quantia atual está OK, que os resultados estão satisfatórios e culpa a crise para justificar o não-aumento. Você sabe que o orçamento é insuficiente e que está abaixo do que o mercado de Social Media Gov costuma investir, mas a sua opinião não é suficiente para convencê-lo.

Realidade #2:

Você acha que é preciso dar aquele extra-mile no trabalho feito em Mídias Sociais – fazer aquele relatório bonito de Webanalytics; começar a fazer relatórios de análise de rede, alguma coisa que será um grande breakthrough na sua instituição. Mas sua chefe acredita que isso tudo “é esforço demais pra retorno de menos”, que “ninguém faz isso” e que “é necessário focar naquilo que dá resultado”. Você sabe que ela está errada e já consegue imaginar quantos insights valiosos você vai perder, mas entre a sua palavra e a dela, a dela ecoa mais e acaba ganhando o embate.

Realidade #3:

O órgão onde você trabalha tem apenas um profissional para cuidar dos esforços digitais – a chamada “EUquipe” – e você precisa justificar a contratação de mais funcionários. Depois de muita discussão, você consegue contratar um estagiário (4h por dia, ganhando R$500 por mês). Na hora de replicar internamente na luta pela contratação de alguém mais sênior, você escuta de seus diretores que “meu sobrinho de 18 anos tem uma empresinha de mídias sociais, podemos contratar ela, se quiser”. Você sabe que isso não será suficiente, mas você acabou de ser presenteado com um aumento de 100% da “EUquipe” e vai ser complicado rever essa decisão.

Social Media Gov no Brasil

O trabalho de Social Media e Marketing Digital ainda está na fase do empirismo e dos testes – não existe um conhecimento pétreo. Existem, contudo, boas práticas operacionais, táticas e de gestão que funcionam como diretrizes e guiam o nosso trabalho no dia-a-dia. No que diz respeito exclusivamente a Social Media Gov, ainda há poucas informações sobre quais são essas boas práticas – especialmente táticas e de gestão, os quais se distanciam bastante dos demais mercados.
pesquisa-social-media-gov
Foi com o intuito de criar um parâmetro válido para os profissionais do mercado que a WeGov e a BR.AZ se juntaram para fazer a I Pesquisa Social Media Gov do Brasil.
Por isso, faço um pedido, em nome da BR.AZ e da WeGov, para todos os profissionais que trabalham com Social Media em/para órgãos públicos e instituições governamentais: dediquem alguns minutos para responder a essa pesquisa com afinco, pensando no impacto positivo que ela terá para nossos colegas de profissão.
Pode crer: são só alguns minutinhos pra uma pesquisa que te ajudará e melhorará o mercado de Social Media Gov, aqui vai um atalho .

Borbas Azarite
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Estudo será publicado em janeiro de 2016

A pesquisa pretende compreender qual é a dinâmica do mercado de Marketing e Comunicação Digital no Setor Público – as três esferas, os três poderes, autarquias e empresas públicas.
Quem são os profissionais que atuam neste mercado? Quais são as oportunidades e desafios do setor?
A pesquisa é uma parceira entre a WeGov e a BR.AZ, e você não levará mais do que 20 minutos para responder. As respostas serão aceitas até o dia 16 de outubro de 2015.


Responder a pesquisa Social Media Gov

Borbas Azarite
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Report Social Media Gov 2015

Não há dúvidas de que o mercado de marketing e comunicação digital nos EUA é mais maduro se comparado com o brasileiro. Com grandes cases de sucesso desde pelo menos 2005, os americanos têm um corpo de estudo e muita experiência nas costas – enquanto que em terras tupiniquins, a internet começou a se mostrar de grande relevância estratégica a partir de 2010, apesar de inúmeras empresas e agências já trabalharem com isso desde 2008, pelo menos.
Essa maturidade certamente não é só fruto do maior tempo de experiência e pelo incentivo que a economia americana dá ao empreendedorismo, à inovação e ao risco. Lá há espaço, demanda e interesse para uma gestão coletiva do conhecimento adquirido; não é por acaso que metodologias tão comuns aos dias de hoje, como Scrum, Lean Start-up entre outras tenham o berço nos EUA.
No mercado de marketing e comunicação digital, existe uma instituição que estuda as práticas das empresas, compreende comportamentos, estratégias, estruturas e tipos de gestão de uma gama bem variada do mercado. A partir desses estudos e análises, criam e compartilham padrões, relatórios, frameworks e metodologias de trabalho.
Essa instituição, chamada de Altimeter Group, tem como referências os especialistas Charlene Li (autora de um dos primeiros títulos de destaque no mercado de marketing digital, Groundswell) e Brian Solis (autor do livro Engage!, outro título inovador sobre a definição de engajamento em esforços digitais). Além desses dois grandes nomes, o Altimeter Group conta com um corpo de 7 pesquisadores e diversos analistas que são especialistas em distintas verticais do marketing e comunicação digital, os quais divulgam frequentemente e de modo gratuito suas pesquisas, além realizar webinários.

Como o Altimeter Group faz uso da inteligência coletiva para suas metodologias

Os materiais criados pela instituição são feitos a partir de conversas entre os pesquisadores e os profissionais do mercado, que compartilham seus resultados e conquistas, seus desafios e percalços, seus receios e inovações, suas dificuldades e erros. Dessa maneira, a assertividade do Altimeter Group fica respaldada na experiência coletiva, diluindo os contornos “manualescos” de “faça isso ou faça aquilo” e ganha características mais universais de boas práticas e tendências de atuação.
Para fins ilustrativos, recomendo que acessem esse material (naturalmente escrito em inglês, como todo o material da instituição), feito pelas pesquisadoras Susan Etlinger e Rebecca Lieb, que descreve uma metodologia sobre como medir resultados de marketing de conteúdo. O relatório, um dos mais recentes do Altimeter Group, apesar de trazer uma metodologia com cara de passo-a-passo, traz ainda uma visão estratégica baseada em diversos cases de mercado estudados pelo Altimeter Group.
Listo aqui alguns dos relatórios que gosto mais e que mais se assemelham e podem ser lidos e adequados à realidade brasileira de comunicação digital para órgãos públicos:

The 2015 State of Social Business: Priorities Shift From Scaling to Integrating

JESS3-Brandsphere-1920

Como o Brasil pode se unir e criar metodologias para nossa realidade

O Brasil, por diversos motivos, não chegou na mesma maturidade que os EUA tanto em termos de experiências adquiridas quanto em termos de institucionalização ou formalização. Isso não significa, contudo, dizer que não tivemos nenhuma iniciativa no sentido de formalizar o mercado e promovê-lo de uma maneira

A largada foi dada!

Em 2011, durante minha frutífera e rica passagem pelo Scup, empresa que vende a principal ferramenta de monitoramento de mídias sociais do país, tínhamos um objetivo muito claro: melhorar o mercado. À época, fazíamos isso criando um bom produto e dando consultoria de como extrair o máximo da ferramenta, mas sentíamos que era necessário algo mais. Diego Monteiro, um dos fundadores do Scup e uma referência para empreendedores e profissionais de marketing digital, sentiu que seria interessante criar e compartilhar um material com base nas boas práticas do mercado .
Foi aí que fui convidado a fazer parte de uma pesquisa sobre as rotinas e práticas de mais de 50 profissionais do mercado. Como resultado desse estudo, desenhamos uma metodologia de monitoramento de mídias sociais – que chamamos de Social Media Cycle (SMC), disponível em nosso livro lançado em 2012, Monitoramento e Métricas de Mídias Sociais: do Estagiário ao CEO e que trata de todo o processo referente ao monitoramento de mídias sociais: da definição da ferramenta contratada, da equipe formada, do planejamento, da definição de objetivos, da operação, da gestão, etc.
Nosso esforço foi bastante embasado na referência do Altimeter Group, principalmente em sua metodologia de pesquisa e linguagem, mas optamos por buscar um caminho mais tupiniquim e mais coerente com os desafios e necessidades que mapeamos no próprio mercado. Naturalmente, ajustamos e calibramos nossas premissas e hipóteses de acordo com o que descobríamos no decorrer da pesquisa, levávamos nossas questões e dúvidas para a direção das dúvidas do mercado – e validávamos cada nova teoria com os profissionais.

E em que pé estamos?

Naturalmente, não éramos os únicos interessados em melhorar o mercado de marketing digital e, não por acaso, desde 2012, começou a surgir um esforço muito grande para auxiliar o profissional de comunicação e marketing digital de maneira geral. Exemplos existem aos montes – desde os treinamentos que empresas oferecem para sua ferramenta como Facebook, Google e o próprio Scup oferecem para seus anunciantes até conteúdos menos técnicos criados por empresas de SaaS (software as a service).
Listo aqui alguns exemplos que acompanho mais de perto e recomendo:

  • Scup Ideas: ainda com a mesma missão de melhorar o mercado de Mídias Sociais, o Scup criou um ambiente onde compartilha e-books, pesquisas, infográficos e manuais de utilidade para o profissional de mídias sociais;
  • Resultados Digitais: a Resultados Digitais é uma empresa que vende o SaaS RD Station, de modo que o conteúdo gerado auxilia no mindset para o melhor uso do produto, além de justificar a necessidade de sua contratação. De todo modo, o conteúdo, voltado para táticas e estratégias de marketing de conteúdo, são bem práticos e destinados à operação;
  • Tracto: a Tracto é uma empresa que presta consultoria e oferece cursos voltados para marketing de conteúdo. Os e-books e relatórios que disponibilizam em seu site são voltados para tendências de mercado e alguns manuais e guias práticos;
  • Entusiastas de Social Media: esse daqui é o mais descentralizado; é um dos vários grupos no Facebook (talvez o principal deles) onde o mercado se ajuda, troca opiniões, esclarece dúvidas e cria a cultura brasileira de Mídias Sociais.

E o que falta?

Nós, do mercado self-titled Social Media Gov, sofremos com uma carência bem grande de conteúdos e metodologias de trabalho – ainda estamos na fase empírica do conhecimento, com grande curva de aprendizado e muita gente empenhada em explorar as possibilidades da comunicação e marketing digital. Os frameworks úteis para uma empresa são, em sua maioria, diferentes daqueles que servem para Social Media Gov por diversos motivos – pra começar, os objetivos não são tão claros e simples como “aumentar faturamento” ou “melhorar a percepção do público sobre nossa marca”.
O WeGov é um grande personagem nesse sentido – é, talvez, a principal referência de conteúdo do mercado e uma das mais próximas do cotidiano e dos profissionais, o que lhe garante um diferencial enorme. Os encontros e debates que o WeGov propicia servem como catalizador do amadurecimento em direção a uma união

Nós, do mercado self-titled Social Media Gov, sofremos com uma carência bem grande de conteúdos e metodologias de trabalho – ainda estamos na fase empírica do conhecimento, com grande curva de aprendizado e muita gente empenhada em explorar as possibilidades da comunicação e marketing digital.

Ainda não há, porém uma metodologia formalizada ou um estudo que direcione os trabalho de Social Media Gov de maneira geral – ou seja, todo o apanhado colaborativo que o WeGov consegue fazer não está agrupado em um framework ou em um estudo, como faz o Altimeter Group.
Com o intuito de ir no sentido da formalização e criação de um framework para nosso mercado, será lançada no Dia D da Comunicação Digital no Setor Público uma pesquisa em parceria da BR.AZ, empresa que realiza estudos e consultorias sobre Social Media Gov e inovação para gestão pública, com o WeGov, O produto desse estudo será o Report Social Media Gov 2015, que será divulgado no começo de 2016 e busca servir como parâmetro para o trabalho estratégico e gerencial para todo nosso mercado.

Borbas Azarite
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E vamos voltar um pouco para a origem de tudo: as Redes Sociais!

Lá pelos anos de 2000 e poucos, quando começou a se formar a cultura 2.0 no Brasil, os blogueiros eram os primeiros a defender o surgimento de um novo paradigma de comunicação; uma descentralização da autoridade informativa que abria espaço e empoderava agentes que, até então, não tinham acesso a plataformas midiáticas de grande abrangência. Era um processo de co-construção. É aquilo, né? Rede social.
De lá pra cá, as plataformas online de comunicação foram ganhando funções e importância: blogs, perfis em Twitter, Facebook, Orkut, Instagram, etc. passaram a ser usados para os mais diversos fins. Por uma questão de foco estratégico, algumas empresas começaram a se apropriar dessas experiências que surgiram nos Blogcamps e utilizaram as plataformas online para se aproximar com seu público – mas com um mindset ainda unidirecional; “eu falo de uma maneira broadcast e vira e mexe interajo aqui ou ali”. É isso, né? Mídia Social.

O que vale mais: Mídia Social x Rede Social?

Hoje, o mercado de mídias sociais está mais do que consolidado e estratégias em canais sociais estão presentes em todas as esferas – de indústria a governo; de personalidades a loved-brands. Mas são raros os casos em que se usam as plataformas online de comunicação com aquele paradigma de descentralização que era discutido lá atrás nos Blogcamps.

Não há uma maneira certa de usar plataformas online de comunicação. Cada uso é adequado para objetivos diferentes, exige recursos e esforços distintos e traz objetivos e benefícios diferentes.

Você nunca conseguirá escrever uma Constituição de um país com poucos recursos (financeiros e humanos) – a Islândia refez sua Constituição depois de anos de trabalho. Mas também não precisará de um prazo de vários anos e um planejamento hipercomplexo para ter os melhores alcance e engajamento possíveis nas suas publicações da fanpage – as prefeituras de São Paulo e Curitiba conseguiram aumentar o engajamento em suas páginas de maneira relativamente rápida.
E tenho bastante segurança em dizer que a República da Islândia e as Prefeituras de São Paulo e Curitiba estão satisfeitas com os resultados obtidos. Tudo vale a pena – desde que o objetivo seja alcançado.
Contudo, por requerer menor esforço, o uso de plataformas online de comunicação como Mídias Sociais costuma ser mais corriqueiro e o mais estudado pelo mercado. Em contrapartida, são raras as vezes que nos deparamos com estratégias de Redes Sociais, cujo mindset seja o de usar o poder da rede como ferramenta de mobilização, mudança e melhoria. São exemplos desse tipo que esse artigo quer trazer à tona.

Como se faz Redes Sociais em Governos?

Redes sociais existem em todas as esferas do poder e podem ser usadas em todas elas, levanto em quatro casos que considero excepcionais o trabalho feito, dois realizados pelo poder Executivo, um pelo poder Legislativo e outro 100% popular, realizado por cidadãos e utilizado por órgãos públicos.


Poder Executivo

A Secretaria Geral da Presidência da República (SGPR) teve, durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff, com Gilberto Carvalho à frente, um incentivo grande a se aproximar com as forças sociais por diversas maneiras. Claro, redes sociais tiveram um papel importante. Sob o guarda-chuva do Departamento de Pedro Pontual e com coordenação de Ricardo Poppi e Enaile Iadanza, foram 2 experiências bem marcantes: Webcidadania Xingu e o Participa.Br.
O primeiro fez parte do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável (PDRS) do Xingu, que visava quitar algumas deficiências de infraestrutura da região. O PDRS veio acompanhado, naturalmente, de um grande debate sobre proposição de propostas, priorização de ideias e definição de próximos passos. De modo a potencializar o debate, a SGPR criou o Concurso de Ideias Cidade Democrática, dividido em três partes: (1) mobilização das lideranças e conexão deles com sua rede de influência em prol do PDRS, (2) concurso de ideias, no qual todos poderiam sugerir e votar nas ideias mais valiosas para a região e (3) premiação e reconhecimento das ideias vencedoras.
webxingu
Todo o Concurso aconteceu em um hub digital: o site webcidadaniaxingu.org.br. Todas as ideias, debates e votações eram validadas unicamente por lá – naturalmente, por ser uma região onde a penetração da internet não é tão grande, houve um trabalho da SGPR em visitar lideranças e regiões off-line para trazer seus pareceres ao ambiente digital. Num período de seis meses, chegou-se a uma lista com 48 propostas na agenda crítica cujas implementações estão sendo acompanhadas pela SGPR.
O Participa.br, por sua vez, é uma plataforma muito similar a uma mídia social, voltada especialmente para o debate e a participação social sobre temas diversos. O Participa é um dos produtos do Plano Nacional de Participação Social (PNPS) e o Compromisso Nacional pela Participação Social (CNPS), ambos decretados em 2014.
A plataforma pode, deve e é utilizada sob as mais variadas ópticas e necessidades, mas quero apontar o uso específico que foi feito durante a discussão do Marco Civil da Internet. Paralelamente à discussão e ao debate ocorrido no Congresso no primeiro trimestre de 2014, a plataforma Participa.br, sob responsabilidade da SGPR, realizou uma Consulta Pública que gerou quase 300 propostas, mais de 280 mil votos e uma consolidação de 15 ideias originais que foram apresentadas no congresso NETmundial.
O evento, que aconteceu em São Paulo em 2014, criou uma cartilha com os Princípios da Internet que devem ser tidos como referência por todos os governos e entidades de Internet globalmente. A cartilha foi feita tomando como base o produto da Consulta Pública do Participa.br – e se assemelha muito ao texto final aprovado pelo Congresso Nacional do Marco Civil da Internet.
Para mais informações sobre a Consulta Pública da SGPR para o Marco Civil da Internet, o Participa.br disponibilizou um relatório completo que pode ser visto aqui.


Poder Legislativo

Em algumas casas legislativas em cidades com mais estímulos à tecnologia – como grandes metrópoles (Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro) ou tecnopolos (Campinas, São José dos Campos), é comum surjam grupos de servidores – geralmente dos núcleos de TI – que tenham mentalidade favorável à democratização da informação. Alguns desses grupos de servidores crescem e se transformam em laboratórios hackers – não com o caráter pejorativo da palavra “hacker”, mas aquele que pretende modificar e melhorar softwares por meio de ferramentas abertas e colaborativas.
Nesse contexto, surgiu, em 2013, o Laboratório Hacker da Câmara dos Deputados, idealizado e dirigido pelo colega Cristiano Ferri. O grupo trabalha com diversas frentes para conseguir um único objetivo: democratizar as informações da Câmara dos Deputados, seja criando plataformas de colaboração e co-criação, seja incentivando a grupos terceiros a usarem da transparência de informações da casa.
Alguns dos principais esforços do Laboratório Hacker são os seguintes:
E-Democracia: plataforma onde aproxima-se a Câmara dos Deputados com a participação social, algo complementar ao Participa.BR;
Retórica Parlamentar: uma ferramenta onde é possível compreender quais são os temas mais abordados pelos parlamentares, sendo possível avaliar por parlamentar ou por tema;
Painel Social: no painel, consegue-se ver os assuntos mais mencionados junto à Câmara dos Deputados, além de acompanhar a reverberação de determinadas Comissões e Lideranças;
Hackatons: maratonas em que se reúnem programadores para criar novas ferramentas de interesse público tendo como objetivo a transparência de informação da casa;
Mapa Participativo: Se assemelha com a Retórica Parlamentar, mas foca especialmente nas discussões e argumentações sobre temas ainda não fechados.
retorica-parlamentar


Sociedade Civil

Lá nos idos de junho de 2013, começou a ficar claro que a população não se sentia representada corretamente pelos políticos de todas as esferas e que buscavam se aproximar das decisões ou sentirem-se mais agentes políticos. De lá para cá, muito mudou politica e socialmente no país; uma dessas mudanças é o espaço que o Colab.re galgou.
Surgida em 2013, o app-barra-rede-social-barra-ouvidoria-pública, que deve ser conhecido dos profissionais e servidores de comunicação digital em órgãos públicos, alcançou um espaço significativo no mercado, sendo a principal referência de ferramenta colaborativa. O app funciona de maneira simples: o cidadão fotografa o problema que encontrou – um buraco na rua, uma lixeira quebrada, um hospital em más condições – e compartilha com seus amigos, que podem apoiar a causa.
Com o Colab, órgãos públicos conseguem mapear os problemas mais sensíveis à população, que se aproximar das decisões. Prefeituras como Curitiba, Foz do Iguaçu e Teresina se relacionam pelo aplicativo – cuja plataforma de relacionamento é gratuita para prefeituras – e fomentam, inclusive, o uso do aplicativo pelos cidadãos.

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